Chuvas devem voltar ao sul em uma semana. Já a umidade esperada pelo centro-Oeste na primavera, pode ser irregular
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Ainda de acordo com Desirée, a expectativa é de que a umidade e as chuvas pelo Brasil fiquem dentro da média. “Nessa época o tempo costuma ser mais seco no centro do país e também no sudeste, no centro-oeste, em parte do Paraná e no interior do nordeste. Já a chuva se concentra nos extremos do país, ou seja, no norte do Brasil, ao longo da costa do nordeste e no sul. Destaco também que em meados de abril a chuva deve retornar ao Rio Grande do Sul, que está sofrendo com a seca. Por outro lado, como no segundo semestre a temperatura vai demorar a voltar a subir, as chuvas esperadas a partir de setembro vão cair de forma muito irregular no centro do Brasil, ou seja, teremos um atraso nas chuvas da primavera”, concluiu.
Cuidados e adaptações nas granjas
Antes mesmo da mudança de estação e da chegada do frio, Ari Marchi, avicultor de Amparo (SP), já deixa seu estoque de lenha e pallets preparado para acender as fornalhas. Na granja dele, as aves não sofrem com as baixas temperaturas. “A gente tem que adaptar o manejo, principalmente no alojamento dos pintinhos. Eu já ligo as fornalhas seis horas antes deles chegarem e se a cama for nova, ou seja, mais fria, pelo menos umas doze horas antes. O ambiente e o piso têm que estar suficientemente quentes, em 32 ou 33 graus, porque os pintinhos chegam com os pézinhos gelados. Se a cama não estiver aquecida, eles vão amontoar. É difícil criar pintinho e frango no frio, porque gasta muito. Estou abastecido com uns 15 mil quilos de pellets e uns 4 caminhões de lenha”, explica.
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Conhecer as medidas que devem ser tomadas por conta das mudanças de temperatura é essencial para garantir o bom desempenho das aves. De acordo com o extensionista Guilherme Henrique Silva, na região de Amparo (SP) é comum o produtor enfrentar quedas de até quinze graus de um lote para o outro. “Os produtores têm que entender que se a temperatura for dos 33 graus, por exemplo, para os 20 graus, o manejo vai mudar. Além do pré-aquecimento do galpão, o produtor deve fazer a regulagem dos equipamentos e estar atento à ventilação. É um investimento”, orienta.
O extensionista Lélio Vieira destacou que a estrutura dos galpões deve garantir que a temperatura externa não interfira no manejo das aves. Portanto, ao montar as pinteiras, uma boa vedação é de extrema importância para evitar a entrada de ar externo. Também é imprescindível se certificar de que as cortinas internas não apresentam furos. “Em Amparo (SP), nas madrugadas de inverno, a temperatura mínima pode ser de 2 graus”, alerta. “A temperatura interna ideal é essencial para que as aves se desenvolvam bem e consigam atingir o peso necessário para o abate. Sem um bom aquecimento elas se amontoam, se estressam e geram mais energia, umedecendo a cama e aumentando os riscos de desenvolverem calos de patas. Se houver desuniformidade do lote e aves refugos, a mortalidade será maior. O produtor e a indústria certamente vão arcar com prejuízos”, conclui.
Fonte: Canal Rural
Fonte: Canal Rural
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