Safras de milho e soja terão perdas irreversíveis, prevê técnico do Deral

Entretanto, na colheita do milho e soja nos 10 municípios da Região, os prejuízos serão bem menores do que em outras Regiões do Paraná, diz Manfio

Foto - Reprodução/RSN

A estiagem que atingiu Guarapuava e Região deve provocar perdas irreversíveis nas safras de milho e soja. Com cerca de 35% da safra já colhida numa área plantada de 66 mil hectares, o milho já prevê ‘quebra’. De acordo com o técnico de Economia Rural (Deral), Josnei Manfio, a redução é de cerca de 28% da produtividade prevista. “Esperávamos colher 741 mil toneladas, mas agora a projeção é de 537 mil toneladas”.

Conforme Manfio, em relação a soja, a colheita começou e deve se intensificar na próxima semana. “Estamos entre 7% e 8% da safra colhida”. São 285 mil hectares de área plantada. A previsão inicial era de colher 1 milhão e 169 mil toneladas. Entretanto, com a ‘quebra’ deve chegar a 961 mil toneladas. “Por isso, a colheita tem que ser intensificada para chegar a essa previsão”.

Já no Distrito de Entre Rios, sede da Cooperativa Agrária, conforme Manfio, como o plantio é mais tardio e mais tecnificado, os danos não serão tão grandes. Em Pinhão, também não deve ocorrer redução drástica de produtividade. “Nos 10 municípios da nossa Região, os prejuízos serão bem menores do que em outras Regiões do Paraná”.

Entretanto, segundo os técnicos do Ministério da Agricultura, em Guarapuava, relatos deram conta de perdas nas lavouras de milho da ordem de 30%. Além da quebra no volume, a qualidade também foi afetada, com espigas mal formadas e grãos chochos.

Essa situação também teria afetado a produção de silagem e, consequentemente, a produção de leite. Outras culturas afetadas na Região foram o mel, que aponta quebra na produção da ordem de 70%, tabaco e batata.

COMITIVA
Uma comitiva formada por técnicos do Ministério da Agricultura, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Federação da Agricultura do Paraná (Faep), percorreu a Região no começo deste mês. De acordo com reunião no Sindicato Rural de Pitanga, os participantes relataram quebra expressiva no milho, entre 30% e 40%. No feijão, cultura importante na Região, as perdas teriam sido da ordem de 60%.

A estiagem prolongada levou a Prefeitura de Pitanga determinar situação de emergência. De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Luiz Zampier, esta foi a pior estiagem dos últimos 40 anos. “Nossa preocupação é que, na soja, estamos com uma perda média de 30%. O problema são as obrigações que o produtor tem com investimento em tecnologia, isso implica compromissos”.

Entretanto, segundo Manfio, os preços dos dois produtos estão animadores. A saca de 60 quilos de soja está custando R$ 191,90. Já a saca de milho, com o mesmo peso, vale R$ 92. (Com Portal RSN).


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