Cálculo leva em conta cenário de bloqueio total da BR-277, principal acesso ao Porto de Paranaguá. Paraná é segundo maior produtor de soja do país, com estimativa de colheita de 21 milhões de toneladas na atual safra
O setor agrícola do Paraná estima que o prejuízo para o escoamento da soja possa ser superior a R$ 600 milhões caso o produto precise ser levado até o Porto de Santos, em São Paulo, ao invés de ser direcionado ao Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná.
O valor foi divulgado nesta terça-feira (14) pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e é calculado a partir do gasto com frete.
A projeção leva em consideração o bloqueio total da BR-277, rodovia que é o principal acesso ao Porto de Paranaguá. A rodovia está com bloqueio parcial desde outubro de 2022, devido a um deslizamento de terra, e em março, com o surgimento de um fenda, outro ponto precisou ser interditado, em alguns momento, totalmente.
Na manhã de terça-feira (14) 60 embarcações aguardam em alto mar liberação para atrecar e assim fazer o carregamento de soja. Outros 100 navios estão a caminho do Brasil e devem chegar nos próximos dias, de acordo com a administração do porto.
Soja no Paraná
Conforme o Governo do Paraná, o estado é o segundo maior produtor de soja do país. A previsão é que o estado colha 21 milhões de toneladas na atual safra, representando 14% da produção nacional.
O Paraná tem uma área de 5,7 milhões de hectares com plantação de soja.
Cálculo do prejuízo
Conforme o Departamento Técnico e Econômico do Sistema FAEP/SENAR-PR, o frete para um caminhão com sete eixos, com capacidade para 57 toneladas, custa em média R$ 4,86 por saca no trajeto de Cascavel, no oeste do Paraná, a Paranaguá, totalizando 600 quilômetros.
A região oeste é a maior produtora de soja do estado, conforme do governo.
Para o percurso Cascavel-Santos, a distância sobe mil quilômetros. Neste caso, o valor médio de frete é de R$ 7,73 por saca, quase 60% mais caro, segundo o departamento econômico da Faep.
O departamento alerta que outros setores que dependem de exportação via Porto Paranaguá podem sofrer prejuízos, como por exemplo o a exportação de frango e suíno.
O Porto de Paranaguá, assim como o de Antonina, também no litoral do Paraná, operam normalmente.
Segundo o governo estadual, nesta semana, em média, 1.300 caminhões são recebidos por dia no pátio público de triagem, local onde os transportadores aguardam antes de seguir para descarregar os granéis sólidos de exportação no Porto de Paranaguá. (Com Portal G1).
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