Prefeito de Altamira do Paraná comenta operação do Gaeco

O prefeito afirmou que servidores investigados serão exonerados se comprovadas fraudes

Foto: Reprodução

O prefeito de Altamira do Paraná, José Etevaldo de Oliveira, mais conhecido como “Branco”, comentou sobre a operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), núcleo de Cascavel, realizada nessa terça-feira (16) no município. Investigações apontaram fraudes em processos licitatórios da prefeitura. Os contratos investigados totalizam cerca de R$ 4 milhões.

De acordo com Oliveira, quando teve conhecimento da operação, imediatamente determinou a suspensão das funções do pregoeiro e do secretário de Administração do município. O prefeito disse que ficou surpreso com a operação e que lamenta caso realmente tenham ocorridos desvios.
“Se ficar comprovada fraude eu lamento pela população e pelo município que são os mais prejudicados. Os dois servidores acusados dos supostos desvios já estão afastados. Agora vamos aguardar a investigação dos fatos. Se ficar comprovada qualquer irregularidade eles serão demitidos definitivamente. Cada um é responsável por seus atos”, ressaltou Oliveira, ao comentar que está colaborando com a Justiça.

A operação cumpriu 29 mandados de busca e apreensão em Altamira do Paraná e dois em Campina da Lagoa no âmbito da Operação “Presente de Grego”. Simultaneamente foram cumpridos mandados também em Cascavel (2) e São José dos Pinhais (1).

De acordo com o Gaeco, a investigação apura possíveis crimes contra a administração pública, como frustração de licitações em que estaria envolvida organização criminosa de servidores municipais e empresários.

As investigações apontam que um empresário da cidade teria como função concentrar a produção de documentos para direcionamento de certames, patrocinando interesse privado junto à administração, cobrando inclusive mensalidades.

Os policiais fizeram buscas na Secretaria de Administração de Altamira do Paraná e em setores administrativos da prefeitura. Os mandados judiciais foram cumpridos também em 20 residências para busca de documentos e celulares e em 13 empresas. Durante a ação, o Gaeco fez duas prisões em flagrante, por porte de arma de fogo e munições.
“Lamentamos muito virar notícia na imprensa regional e estadual envolvendo um escândalo deste. Acredito na Justiça que deverá comprovar os fatos e punir os culpados caso haja irregularidade. Esta é uma prática inaceitável. Não dá mais para ‘engolir’ este tipo de situação. Que sejam punidos no maior rigor da lei caso realmente tenham praticados estes atos dolosos”, acrescentou o prefeito.

Além da suspensão do exercício das funções do pregoeiro e secretário da Administração, também foram impostos a dois servidores e ao principal empresário investigado na ação a obrigação de comparecimento mensal em Juízo, proibição de ausentar-se da comarca e acessar a prefeitura e de manter contato com testemunhas. (Com Tribuna do Interior).


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