Maycon Lopes emite nota de repúdio sobre crise no campo de leite

Crise no Campo – Desafio dos Produtores de leite no Brasil (matéria: Maycon Lopes)

Imagem ilustrativa/Reprodução

“Um produtor que esperava receber R$ 2,65 por litro, recebeu R$ 1,80 (sendo que no mês anterior já teve uma queda de 0,30)”. É preocupante o cenário dos produtores do Paraná, Rio Grande Sul e Santa Catarina com o aumento da importação de leite e derivados e seu impacto na produção nacional... (fonte: relato de um produtor de Laranjal/PR).

Considerando que a tabela publicada pela Conseleite – Paraná e outras fontes de pesquisas no Paraná aponta uma média de R$ 2,60. Sem aviso algum baixou 0,85 por litro de leite, criando um impacto e crise financeira para os pequenos produtores da agricultura familiar, generalizando esse impacto para o comércio de toda a região. 

Consequentemente furando o planejamento familiar de muitas famílias que tem o leite como a principal fonte de renda para o subsídio de todas as despesas. 

Diante desse fato será intenso as consequências negativas para o comércio, pois os pequenos produtores são os que sentem ainda mais as ações do mercado negativo, perdendo seu poder de compra no comercio local, virando uma corrente de prejuízos. 

Sabe-se ainda que é inaceitável ver o Brasil exportando leite da Argentina, com a produção de leite de qualidade que temos no Brasil.

Os produtores de leite devem ter uma remuneração justa e sustentável, para garantir uma agricultura famíliar e a paz no campo.    
 
Foto: Preço do litro do leite pago ao referido produtor de Laranjal

Segundo a Confederação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Contraf), nos últimos tempos, diversos agricultores e agricultoras têm abandonado a atividade diante da falta de incentivos e das dificuldades na produção. 

“Em 2022, conforme apontado pelo IBGE, a produção de leite no Brasil registrou uma queda de 5,05% em relação a 2021. No primeiro trimestre de 2023, foram importados de países do Mercosul 5,848 bilhões de litros e, além disso, houve um aumento muito grande na importação de leite em pó”, aponta a Contraf.

No Paraná
Dados do Deral (Departamento de Economia Rural), o Paraná é o segundo maior produtor de leite do Brasil, com 4,3 bilhões de litros produzidos em 2021, principalmente nas regiões dos Campos Gerais e do Sudoeste. Esse volume gerou naquele ano Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 9 bilhões.

Crise do leite faz produtores abandonarem a atividade em Santa Catarina
Segundo levantamento da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc), feito com base em estatísticas da dados da Secretaria da Agricultura, na década de 1990, havia 75 mil produtores de leite no Estado.

A pandemia do coronavírus afetou diretamente o segmento, e, em 2022, o contingente ficou abaixo de 30 mil pecuaristas. De acordo com a entidade, a crise atual representou um novo golpe para a atividade em Santa Catarina, que agora conta com 20 mil produtores.

Importações excessivas geram crise na cadeia do leite
Milhares de produtores de leite de Santa Catarina estão abandonando a atividade em consequência da nova situação do mercado brasileiro, marcado pela excessiva importação de leite e pela queda persistente da remuneração. O novo quadro é tão grave que a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc) teme o desaparecimento da agricultura familiar desse segmento da agropecuária barriga-verde.

O aumento das importações de lácteos no primeiro semestre de 2023 é um fator importante porque, além de o volume estar quase três vezes acima do registrado no ano passado, os preços seguem mais competitivos que os nacionais – o que pressiona as cotações domésticas ao longo de toda a cadeia. Dados da Secex mostram que, em junho, as importações somaram mais de 212,1 milhões de litros em equivalente leite, elevando o déficit da balança comercial a patamares recordes. A quantidade importada no primeiro semestre de 2023 representa aproximadamente 9,5% da captação formal de leite cru (tendo como base os dados da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE de 2022). Vale destacar que, no mesmo período do ano passado, as importações representaram apenas 3,2% da captação nacional.

Produtores de leite sofrem risco de colapso com queda inesperada no preço pago por laticínios
Uma situação atípica tem assustado produtores de leite de Umuarama e região. Com a proximidade do inverno, a tendência de aumento do preço – em virtude da queda da produção, natural no período – não se confirmou e, do contrário, houve uma redução de R$ 0,25 a até R$ 0,35 por litro. Com isso, o valor recebido pelos produtores não vem cobrindo os custos de produção e ameaça a sobrevivência do setor.
A produção leiteira é a principal atividade em centenas de pequenas propriedades rurais de Umuarama, que no ano passado produziram 19,7 milhões de litros – média mensal de 1.640.000 litros. 

“A produção teve redução, em relação ao ano anterior, mas o leite ainda é a principal fonte de renda para os agricultores familiares. Apenas na Cooplu (Cooperativa dos Produtores de Leite de Umuarama) são 53 produtores e uma média de 10 mil litros/dia”, afirmou o presidente da entidade, o produtor Elson Castro Tamaio Júnior.

Membro da comissão técnica do Conseleite/PR, um conselho que reúne representantes de produtores e das indústrias de laticínios que processam a matéria-prima (leite), Tamaio avalia que o cenário ameaça os produtores. 

“Somos o elo da cadeira produtiva que está absorvendo a redução no preço, já que no mercado o litro do leite não baixou para o consumidor. O produtor recebia R$ 3,00 ou mais por litro e neste mês não foi além de R$ 2,70, apesar das projeções de estabilidade do Conseleite”, explicou.


Veja, um IMENENTE COLAPSO, citações referente ao mês de junho e julho 2023, entretanto no dia 31 de julho de 2023 que veio a maior surpresa, após repetidas baixas, vai a maior de todas, foi uma literal FATAL, deixando todos produtos atordoados com contracheques.

Contudo o esboço acima CITADO, temos um cenário atual, no dia de hoje que muito preocupa e transtorna os produtores de minha região, que muitos se descolaram ate o meu comercio, produtores que trabalha 60, 65 ou ate mesmo 70 dias para ai receber o seus primeiros 30 dias de leite(pagamento), estão cansado de brigar, com brigar internas por melhorias, e quando assim esperam vem outro tombo, e com sentimento de produtor e com  visão de comerciantes de nossa região que faço aqui um APELO, aos órgãos e governo estadual como federal, uma suplica para que seja REVISTO esse acorde de importação através do MERCOSUL, não a esforço maior do que ser valorizar por esse serviço ao final do mês, mais não e oque vemos com nos produtores, só a sentimentos de solidão e abandono, vou aqui fazer proposta que possa ser ouvido ou pelo menos analisados, buscando um saída para tal TRAGEDIA.

Possíveis SOLUÇÕES:
1 Políticas de comércio exterior: Negociar acordos comerciais equilibrados para proteger os interesses dos produtores nacionais e evitar o desequilíbrio provocado pelas importações.

2 Programas de subsídio: Oferecer subsídios diretos aos produtores de leite em momentos de crise, para ajudá-los a enfrentar a concorrência estrangeira e manter suas atividades produtivas.

3 Estímulo ao consumo interno: Promover campanhas de estímulo ao consumo de produtos lácteos nacionais, conscientizando os consumidores sobre a importância de apoiar a produção local.

4 Precisamos nos produtores nos unir, e apoiar a compra de produtos nacionais e engajar em iniciativas de valorização de produção nacional.

5 Regulação e fiscalização: É importante que as agências governamentais competentes regulem o setor de laticínios e realizem uma fiscalização efetiva para garantir o cumprimento das normas e evitar práticas abusivas.

6 Diálogo e negociação: Estimular o diálogo entre os produtores de leite, os laticínios e outros stakeholders do setor é fundamental para encontrar um consenso sobre os preços e condições justas para ambas as partes.

7 Transparência nos preços: Os laticínios devem ser transparentes em relação aos preços que estão pagando aos produtores de leite, de forma a evitar discrepâncias e garantir uma referência de preço mais justa.

8 Fortalecimento das associações de produtores: Estimular a organização dos produtores em associações pode fortalecer sua posição de negociação e permitir que eles tenham mais poder para exigir preços justos.

9 Políticas de estímulo ao consumo interno: Promover campanhas que incentivem o consumo de produtos lácteos nacionais pode impulsionar a demanda, aumentando a valorização do leite produzido localmente.

Essas ações, quando combinadas, podem ajudar a estabelecer uma relação mais justa e equilibrada entre os produtores de leite e os laticínios, garantindo que os indicativos como o Conseleite sejam respeitados e que haja uma referência de preço adequada para o setor.

Chamado à de ação: 
Convidamos os leitores desta matéria a apoiar os produtores de leite locais, comprar produtos nacionais e se engajar em iniciativas de valorização da produção nacional.

Matéria: Maycon Lopes


Portal Douglas Souza, um site diferente! Envie denúncias pelo nosso WhatsApp: (42) 9 9987-2348

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem