Laranjal: 200 famílias do MST iniciam novo acampamento

Ação acontece no Assentamento Conquista Camponesa


Nesta segunda-feira (15 de abril), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciou dois novos acampamentos no Paraná. Como parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, as ações acontecem no assentamento Egídio Brunetto, em Rio Branco do Ivaí, onde estão reunidas mais de 220 famílias, e no assentamento Conquista Camponesa, em Laranjal, com 200 famílias. 

As mobilizações têm o objetivo de acolher a população em busca de terra para viver e produzir alimentos, além de pressionar o Governo Federal, que promete lançar um programa para a reforma agrária no país. 
"Essa semana nós estamos na jornada nacional de luta pela terra, com  14 estados mobilizados do Brasil. Estão acontecendo muitas lutas país afora, com ocupação de terra e mais de 18 mil novas famílias acampadas até o momento", contextualiza Ireno Prachnov, da coordenação estadual do MST. 

Ele explica que o Paraná integra a luta nacional com esses dois novos acampamentos. "Esses novos acampamentos estão abertos a todas as famílias que precisam de um pedaço de terra e que estão dispostas a fazer a luta pelos seus direitos. Por isso convidamos os companheiros e companheiras para virem acampar e buscarmos juntos mais essa conquista", convida. 

Somente no Paraná, são 81 áreas de acampamentos que já estão na luta pela consolidação do direito à terra, alguns formados há mais de 20 anos. A luta é nacional, para a efetivação da Reforma Agrária para 105 mil famílias acampadas. 

Abril de mobilização pela Reforma Agrária
Abril é o mês da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, engajada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com mobilizações de caráter massivo, como marchas, atos, protestos, ações de formação, solidariedade e de enfrentamento à concentração de terras no Brasil, entoando o lema: “Ocupar, para o Brasil Alimentar!”, celebrando os 40 anos de trajetória do Movimento.
Ao longo deste mês, estão previstas atividades em todas as grandes regiões do país, nos territórios onde o MST está mobilizado, e tendo como principais dias de luta o período entre 15 a 19 de abril.

A Jornada também demarca o dia 17, o marco em memória dos companheiros que tombaram na luta pela terra há 28 anos, no massacre de Eldorado do Carajás, no Pará, quando 21 trabalhadores rurais foram mortos pela Polícia Militar, motivados por fazendeiros, enquanto protestavam por Reforma Agrária.

As ações enfatizam a importância da Reforma Agrária como alternativa urgente e necessária para a produção de alimentos saudáveis para a população do campo e da cidade, para combater a fome, e avançar no desenvolvimento do país, no contexto agrário, social, econômico e político. Em uma conjuntura onde o orçamento da pasta dessa política pública é por dois anos consecutivos, o menor dos últimos 20 anos.





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