Jovem é mantida em cárcere privado e agredida com socos, asfixiada e ameaçada de morte pelo próprio pai em Goioxim

Segundo a PM, vítima tinha lesões aparentes


Um rapaz procurou a Polícia Militar (PM) de Goioxim, relatando que sua ex-namorada possivelmente estaria sendo mantida em cárcere privado por seu pai, pois recebeu uma mensagem pelo WhatsApp, enviada pela mãe dela.

Também recebeu um áudio, no qual a vítima chorava e aparentava estar sofrendo algum tipo de ameaça. 

Diante das informações, a PM deslocou-se, juntamente com a equipe da Patrulha Rural, até a localidade Faxinal Araras, onde fez contato com o genitor (acusado). 
Ele foi indagado a respeito da denúncia, sendo solicitado que a equipe pudesse conversar com a suposta vítima (filha) para apurar a veracidade dos fatos. 

A equipe conversou separadamente com ela, no interior da residência, ocasião em que relatou que, há aproximadamente três semanas, vinha sendo impedida, por seu pai, de sair dos limites das cercas da propriedade. 

Relatou também que, na presente data, foi agredida fisicamente pelo autor com socos em sua face, boca e abdômen, além de diversos chutes nas pernas e nas costas. Disse ainda que, durante as agressões, foi asfixiada pelo seu genitor e puxada pelos cabelos. 

Durante a oitiva, foi possível observar que a vítima apresentava uma lesão aparente na boca, causada, segundo ela, por um soco desferido pelo pai. 

Diante dos fatos, foi dada voz de prisão ao suspeito, que foi indagado se possuía armas de fogo em sua residência. Ele afirmou que possuía uma pistola e um revólver, ambos guardados no forro do quarto. 

No local indicado, a equipe localizou uma pistola e um revólver Taurus. Após os procedimentos no local, a equipe aguardou a vítima retirar seus pertences pessoais, uma vez que não desejava retornar à residência, por temer por sua segurança. 

A equipe deslocou-se então até a UPA de Goioxim, para lavratura do laudo e lesões corporais em ambos os envolvidos. 
Em seguida, foi feito o deslocamento até a Delegacia de Polícia de Cantagalo, para adoção das medidas cabíveis. 

Durante os procedimentos, a vítima relatou ainda que foi ameaçada de morte por seu pai, que teria dito que, caso ela saísse da propriedade, ele iria atrás dela para matá-la. 

Relatou também que já havia sido agredida em outras ocasiões e que foi impedida, por alguns dias, de frequentar o curso universitário. As partes foram devidamente orientadas quanto aos procedimentos cabíveis.

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