Filho que matou pai em Campina da Lagoa alega que tentou proteger a mãe de agressões, diz polícia

Suspeito afirma legítima defesa após histórico de agressões contra a mãe. Versão será avaliada em inquérito policial. Justiça negou prisão preventiva dele


O jovem de 21 anos que matou o próprio pai, de 40 anos, com um disparo de arma de fogo, na madrugada de quarta-feira (17), em uma propriedade rural de Campina da Lagoa, afirma que agiu para evitar agressões do pai contra a mãe.

Segundo as investigações iniciais, a vítima foi atingida por um tiro no tórax dentro da casa onde a família morava, na Estrada Velha para Campina. O pai chegou a sair do imóvel após o disparo, mas morreu na área externa. No local, a polícia apreendeu duas armas de fogo artesanais e munições calibre .22.

Os nomes dos envolvidos não foram oficialmente divulgados.
A PC apurou que o homem tinha histórico de agressão contra a esposa quando estava bêbado. O filho, segundo a polícia, havia tentado outras vezes cessar brigas e ameaças, mas a família nunca registrou boletim de ocorrência e nem solicitou medidas protetivas.

Na noite do crime, conforme relato do investigado, o pai agrediu novamente a esposa e iniciou uma discussão portando uma arma. O jovem disse que, por acreditar que ele ou a mãe seriam mortos, atirou contra o pai. Ainda segundo a polícia, o pai não reagiu após ser baleado, largou a arma e tentou fugir.

Versão será analisada
Apesar da alegação de legítima defesa, a polícia destaca que essa versão ainda será analisada tecnicamente ao longo do inquérito.

Tanto a PC quanto o MP pediram a prisão preventiva do suspeito, mas a Justiça negou a solicitação. Na decisão, a juíza afirmou que, neste momento do processo e com as informações reunidas até agora, a prisão não é recomendada, sendo suficientes medidas cautelares alternativas.

A investigação segue em andamento para esclarecer as circunstâncias do homicídio e apurar se houve, de fato, legítima defesa.
Suspeito tem antecedentes criminais
Acompanhado de um advogado, o jovem se apresentou na delegacia, passado o período que permitiria uma eventual prisão em flagrante. Ele possui antecedentes criminais e foi condenado neste ano por lesão corporal grave com uso de arma branca.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Muriel da Cunha, o suspeito esfaqueou um homem no pescoço durante uma briga em um bar no ano passado e cumpre pena de um ano de reclusão em regime aberto. (Com Portal G1).

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