Crianças devem ficar longe do açúcar até os dois anos

Crianças devem ficar longe do açúcar até os dois anos
Foto - Imagem de Wokandapix por Pixabay
Crianças devem ficar longe do açúcar, ao menos, até os dois anos de idade. Essa recomendação está expressa no Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, lançado na semana passada pelo Ministério da Saúde.

Para o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o Guia Alimentar tem apontado o caminho correto do alimento saudável, fruta e verdura, assim como tem apontado que o ultraprocessado deve ser gradualmente retirado de qualquer cardápio de crianças do nosso BrasiL. “Esse é um trabalho construído por inúmeras mãos em prol da saúde das crianças brasileiras. O guia não só aponta o caminho a ser seguido, como mostra o que devemos mudar na alimentação infantil”, reforçou o ministro Mandetta.

Entre as novidades desta edição estão também as recomendações de consumo com base no nível de processamento do alimento e não com foco apenas em nutrientes; dicas de culinária, inclusive para vegetarianos; direitos relacionados à alimentação infantil; e a alimentação como um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto. O Guia soma com a Campanha de Prevenção de Controle e Obesidade Infantil divulgada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Desde os primeiros anos de vida, as crianças estão consumindo pouca variedade de alimentos saudáveis e estão sendo expostas muito cedo a alimentos ultraprocessados (biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, bebidas açucaradas e outros ricos em açúcar, sódio e gordura) que podem prejudicar a saúde e causar doenças crônicas como diabetes, hipertensão, colesterol alto e até doenças cardíacas. Como a alimentação tem papel fundamental em todas as etapas da vida, especialmente nos primeiros anos, que são decisivos para o crescimento e desenvolvimento, para a formação de hábitos e para a manutenção da saúde, o Guia agora está direcionada para pais, responsáveis e educadores, além dos profissionais de saúde.

O Guia também pode apoiar profissionais de saúde, educação e assistência social que cuidam de crianças em seus locais de trabalho, como Unidades de Saúde da Família (USF), hospitais, creches, entidades assistenciais e todo e qualquer espaço comprometido com a promoção de uma alimentação adequada e saudável para crianças. É um importante apoio à família no cuidado cotidiano de crianças e para os profissionais de saúde e de outros setores no desenvolvimento de ações de educação alimentar e nutricional, em âmbito individual e coletivo.

A nova versão tem linguagem mais acessível e menos teórica. A produção do conteúdo contou com a participação de vários pesquisadores, que utilizaram uma forma dinâmica e inovadora, incluindo oficinas de escuta e chamadas públicas. Por isso, as informações valem para qualquer pessoa que participe do cuidado com a criança, seja a mãe, o pai, parceiras e/ou parceiros de mães e pais, avós, avôs, homens e mulheres com ou sem relação de parentesco, que morem ou não na mesma casa da criança. A publicação estará disponível em versão digital para toda a população. Para baixar o material, basta acessar um código que pode ser escaneado pelo celular (QR Code).

AMAMENTAÇÃO

Amamentação é um dos tópicos abordados pelo novo Guia. Apesar da amamentação ter aumentado no Brasil, a duração ainda é menor do que a recomendada. Duas em cada três crianças menores de seis meses já recebem outro tipo de leite, sobretudo leite de vaca, frequentemente acrescido de alguma farinha e açúcar, e somente uma em cada três crianças continua recebendo leite materno até os dois anos de idade. O desmame precoce e a alimentação de baixa qualidade e pouco variada ocasionam diferentes formas de má nutrição (como o excesso de peso e obesidade), prejudicando o desenvolvimento infantil.

O novo Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos destaca 12 passos para uma alimentação saudável

12 PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL – NOVA VERSÃO 2019

Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses.
Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados, além do leite materno, a partir dos 6 meses.
Oferecer água própria para o consumo à criança em vez de sucos, refrigerantes e outras bebida açucaradas.
Oferecer a comida amassada quando a criança começar a comer outros alimentos além do leite materno.
Não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar à criança até 2 anos de idade.
Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança.
Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família.
Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto junto da família.
Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a refeição.
Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família.
Oferecer à criança alimentação adequada e saudável também fora de casa.
Proteger a criança da publicidade de alimentos.

Fonte: Bem Paraná
Via: Portal Cantu

Redação - Douglas Souza

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