Uma técnica de enfermagem de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, realizou um Boletim de Ocorrência (BO) contra três moradoras do condomínio em que mora. O caso veio à tona depois de uma postagem do Coren-PR (Conselho de Enfermagem do Paraná), que realizou uma nota de repúdio a ação discriminatória, a qual os filhos pequenos da vítima presenciaram.
Segundo a presidente do Coren-PR, Simone Peruzzo, o caso gerou revolta em todos os profissionais de saúde. “Nos dá uma frustração bárbara. Você imaginar que alguém que mora em um condomínio e que trabalha na área da saúde passa a ser olhado de forma discriminatória, não dá para acreditar. Além de uma ignorância absurda, é de uma crueldade foram do comum”, desabafou à Banda B.
Com os filhos da trabalhadora no carro, as moradoras exigiram que a técnica em enfermagem não usasse o elevador e tomasse cuidado para não encostar em objetos, como se ela necessariamente estivesse contaminada pelo coronavírus. “Essa denúncia vamos levar para frente, porque é simplesmente inaceitável o que aconteceu. Não é assim que as pessoas se contaminam”, lamentou.
Por fim, a presidente falou sobre o receio de outros casos semelhantes aconteceram. “Me preocupo com isso. Porque quando acontece um, outros podem acontecer. Mas acredito que as pessoas vão ter a inteligência suficiente para não fazer isso”, concluiu.
Até o momento, o Paraná tem uma morte de profissional da saúde. Trata-se da técnica de enfermagem Valdirene Aparecida Ferreira dos Santos, de 40 anos, que trabalhava no Hospital Marcelino Champagnat.
(Com Banda B, via Portal Cantu)
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