Em 2020, o principal problema enfrentado pelos agricultores foi a estiagem; agora, neste ano, as chuvas excessivas acabaram prejudicando a qualidade dos grãos
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Foto - G1 - Globo |
De acordo com o técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), Dirlei Antonio Manfio, que atua no Núcleo Regional da Secretaria de Abastecimento e Agricultura do Paraná (Seab), o feijão foi o grão mais afetado, com uma redução de 20% na produtividade.
“Mesmo que não se tenha perdido tanto com a quantidade, colheu-se 80 e 70 sacas por alqueire, mas se perdeu com qualidade. Além de colher um pouco menos, porque sofreu com seca e com a chuva, houve uma queda na qualidade dos grãos”, exemplifica Dirlei.
Na região, a maior parte da produção de feijão é do tipo preto, sendo que apenas 15% são do tipo carioca e vermelho. “O feijão preto ainda consegue vender no mercado, mas os outros tipos de grãos perdem muito mais fácil a qualidade”, completa.
O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Botelho, explica que não é propriamente a chuva forte que afeta as lavouras, mas sim a constância da instabilidade.
“Foram chuvas constantes quase todos os dias, três semanas com chuva diária, causando excesso de água, empoçamento e principalmente falta de sol. As plantas que precisam fazer fotossíntese sofreram com a falta de luminosidade. As maiores perdas economicamente foram no processo de maturação das culturas como milho, soja e na horticultura, causando perda na qualidade”, elucida.
MILHO
De acordo com Botelho, o milho não sofreu tanto durante o período. Apresentando uma queda de 10% na produtividade, em algumas localidades a produção foi atingida pela praga da cigarrinha. “Um fator diferencial neste ano, que normalmente não tem, foi a praga da cigarrinha, que geralmente acontece no começo da safra, o resultado aparece 30 a 40 dias antes da colheita”, explica Botelho.
A produtividade do milho, que era estimada em 11,5 mil kg por hectare, este ano caiu para 10 mil kg.
Segundo a perspectiva do Deral, a colheita já está um pouco atrasada, mas se estende até o final de março, ocorrendo a maior parte da colheita do milho comercial. (Com Correio do Cidadão).
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Paraná