250 municípios do Paraná aderem a consórcio municipal de compra de vacinas contra a Covid-19

Para especialista, compra em grande quantidade pode 'baratear e acelerar processo de vacinação no Brasil'. Em todo país, 1.703 municípios manifestaram interesse de adesão

Foto: Giuliano Gomes/PR Press
O consórcio municipal de prefeitos para compra direta de vacinas contra a Covid-19 teve adesão de 250 das 399 prefeituras do Paraná. O prazo para sinalização de interesse à iniciativa da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) encerrou nesta sexta-feira (5), às 12h.

Conforme lista divulgada pela FNP, todos os cinco maiores municípios paranaenses (Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel) manifestaram interesse.

Em todo o Brasil, 1.703 municípios aderiram ao consórcio. Somados, a população representa mais de 125 milhões de brasileiros.

Para o advogado Guilherme Gonçalves, especialista em Direito Público, o consórcio é uma saída para dar celeridade ao processo de imunização da população brasileira.

"A única maneira de retomar a economia e a normalidade do Brasil é a vacinação da população, então esse consórcio é uma iniciativa complementar ao próprio governo federal e que auxilia para adquirir uma maior quantidade de vacina. Como será em grande volume, isso tende a baixar o custo da vacina e também facilitar a logística de entrega e, se tudo der certo, a dinâmica da imunização", completou.

O Paraná aplicou 455.608 doses, sendo 337.063 da primeira dose e 118.545 da segunda dose contra a Covid-19 até o final da manhã desta sexta-feira. Portanto, 337.063 paranaenses foram vacinados.

Ao todo, o estado recebeu 853 mil doses de vacinas contra a Covid-19 do Governo Federal.

Próximos passos
Antes de poder comprar vacinas, conforme a FNP, é necessário que cada Câmara Municipal aprove, em até 15 dias, um projeto de lei que autorize a entrada do município no consórcio. As leis municipais devem ser enviadas à frente até 19 de março.

assembleia de instalação do consórcio está marcada para 22 de março, às 15h.

Além disso, somente após a constituição legal, com a criação de um CNPJ e a escolha de diretoria, o consórcio estaria apto a adquirir vacinas.

Segundo a Frente Nacional dos Prefeitos, a medida de compra de imunizantes está prevista caso o governo federal descumpra o Programa Nacional de Imunizações (PNI) ou a previsão de doses seja insuficiente para imunizar a população.

A ação tem respaldo jurídico na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que em 23 de fevereiro autorizou a compra de vacinas contra a Covid-19 diretamente por estados e municípios.

Recursos para o consórcio

Os custos para a formação legal do consórcio público serão pagos pela FNP.

Em relação à aquisição de vacinas, o presidente da frente, Jonas Donizette, disse que a primeira opção é usar recursos do governo federal, mas transferências de verbas por organismos internacionais, participação da iniciativa privada ou mesmo a compra com verbas dos municípios serão discutidas.

Caso os recursos sejam repassados pelos municípios, Gonçalves acredita que as doses sejam repassadas proporcionalmente ao investimento da cidade.

"Se bancados por cada município, o consórcio vai distribuir as doses proporcionalmente à contribuição de cada cidade. Assim cada município paga proporcional ao que pretende ter para imunizar sua população", explicou.

Vacina contra a Covid-19 no Paraná

O número de imunizantes repassados ao estado pelo Ministério da Saúde foi alvo de críticas por parte do secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto. À época, em começo de fevereiro, o titular da pasta afirmou que o ritmo de chegada das doses estava "a conta-gotas". (Com G1 Paraná).
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