Com explosão de casos, Guarapuava não tem mais leitos vagos em UTI´s

Médico alerta para a falta de profissionais de saúde, de leitos, além de medicamentos para pacientes que precisam de intubação

Foto - Portal RSN
A superlotação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Vicente é apenas uma mostra da covid-19 em Guarapuava. De acordo com o diretor-clínico, o médico Eduardo Borges, o HSV contava com 16 leitos. Entretanto no dia 12 de março recebeu outros 20. Destes, cinco ficaram para o hospital filantrópico. Outros 10 para o Hospital Regional e cinco para o Instituto Virmond. Todavia, embora o São Vicente tenha 21 equipamentos, como monitores e respiradores, 18 estão disponíveis e lotados. Isso porque, três precisam ficar de reserva para possível substituição eventual.

Conforme Eduardo Borges, outra situação preocupante é que o hospital conta com apenas um médico intensivista quando necessitaria de três na UTI. “Médicos de outras especialidades ajudam e se revezam e colocar mais pacientes acima do número que já temos, seria irresponsabilidade. Mas como último recurso seria colocar pacientes com respiradores nos quartos”. Como se não bastasse essa situação, a falta de medicamentos já ‘bate à porta’. “Já estamos com escassez de anestésicos para pacientes intubados”.

SITUAÇÃO CAÓTICA
Entretanto, a situação se torna ainda mais dramática com a lotação dos leitos nos demais hospitais. De acordo com Michel da Cunha, diretor Operacional do Instituto Virmond, os cinco leitos de UTI já têm pacientes. “Estamos trabalhando na estruturação da ala covid, que contará com 20 leitos de enfermaria e cinco leitos de UTI. A previsão junto a 5ª Regional era para o dia 30”.

A situação não é diferente no Hospital Regional. Único hospital com ala exclusiva para pacientes infectados e com atendimento pelo SUS, também está com cerca de 100% de lotação. E outro agravante é que os 10 novos leitos anunciados no último dia 12 correm o risco de não abrir por falta de equipe técnica. O Portal RSN tentou contato com os diretores do HR. Entretanto, não obteve retorno.

Conforme o diretor clínico do HSV, Eduardo Borges, a partir desse cenário, o sistema ainda não entrou em colapso porque está havendo uma soma de esforços. “Os hospitais, a saúde, a iniciativa privada se deram as mãos e um vai ajudando o outro”. Todavia, segundo o médico, estamos vivendo uma “situação de guerra”. E a previsão é de agravamento nas próximas semanas. Por isso, a insistência para que as pessoas usem máscara, álcool gel, cumpram o distanciamento social e, principalmente, fiquem casa. (Com Rede Sul de Notícias).
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Foto - Unicesumar/Palmital

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