Na Região, dois servidores e mais 4 pessoas são presas em operação do Gaeco contra irregularidades em contratos do DER-PR

Operação ocorreu em Pitanga, Guarapuava e Ponta Grossa

Foto - Reprodução/William Batista/RPC

Dois servidores e outras quatro pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (27) em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que investiga irregularidades em contratos de empresas com o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) na região de Guarapuava.

De acordo com o Ministério Público do estado (MP-PR), os servidores do DER tinham cargo de fiscalização dos contratos sob suspeita.

Além deles, também foram detidos o marido de uma agente do órgão, além do dono de uma empresa e dois funcionários.

Veja, abaixo, detalhes da investigação.

Os agentes do Gaeco também cumpriram 19 mandados de busca e apreensão em Guarapuava, além de Ponta Grossa e Pitanga, nos Campos Gerais.

Nas buscas em residências, sedes de empresas e também salas do DER, foram apreendidos documentos, armas de fogo e dinheiro em espécie.

Conforme o Ministério Público, são investigados os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Fora de Área.

Por nota, o DER-PR afirmou que não compactua com condutas ilícitas e que colabora com as autoridades para esclarecer os fatos. Disse, ainda, que não foi informado da investigação e não teve acesso ao processo em andamento.

O órgão também ressaltou que "irá tomar todas as medidas necessárias caso fique demonstrado qualquer ilicitude ou desvio de conduta por parte dos investigados". Veja, abaixo, a íntegra da nota.

A operação ocorre em parceria com o Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria).

Investigação
De acordo com o Gaeco, o grupo criminoso atuava em contratos de duplicação e outros serviços prestados ao DER.

Em uma das empresas contratadas, que fazia desde roçada de obras até trabalhos de engenharia, os serviços eram prestados de forma incompleta ou irregular sem que houvesse efetiva fiscalização por servidores ou por uma outra empresa contratada em 2018 para essa finalidade.

As investigações também mostraram falsificação de medições e relações mantidas entre funcionários do DER com uma empresa a partir de contratos firmados em 2012.

Diante disto, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) passou a acompanhar a situação. Em 2018, o órgão estimou um prejuízo superior a R$ 4 milhões na obra de duplicação da PR-466 em Guarapuava.

Isso porque, segundo o TCE, houve qualidade inferior do pavimento aplicado para que o dinheiro da obra fosse desviado em benefício de servidores e de um grupo de empresários de Guarapuava. Para o tribunal, a execução deveria ter sido rejeitada por deficiência.

Conforme as investigações, o valor desviado era repassado para servidores por meio de transferências da empresa, que era de fachada, e do dono.

Ainda de acordo com o Gaeco, foi apurado também o pagamento de propina para um servidor por meio do recebimento de um carro e do pagamento de despesas pessoas em Guarapuava.

Retorno do DER
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) informa que o espaço de trabalho de dois servidores em suas regionais de Ponta Grossa e Guarapuava foram objeto de mandado de busca e apreensão nesta quarta-feira (27), relativo a investigação do MPPR.

O DER/PR não compactua com qualquer conduta ilícita e está colaborando com as autoridades competentes visando o esclarecimento de todos os fatos, respeitando o contraditório e ampla defesa. O DER/PR irá tomar todas as medidas necessárias caso fique demonstrado qualquer ilicitude ou desvio de conduta por parte dos investigados.

Esclarece que foi informado sobre a investigação pela imprensa e não teve acesso ao processo em andamento, além de reiterar ainda que os contratos investigados, de acordo com divulgação do MPPR, têm origem em gestões anteriores. (Com Portal G1).


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